Corrupção e a escolha por um governo
- questaodeopiniao
- 22 de nov. de 2014
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Me surpreende quando alguns insinuam que por votar no PT e em Dilma nestas eleições eu estaria "defendendo" a corrupção, já que tais insinuações (por mim quase sempre ignoradas) me pareciam não levar em consideração que a corrupção não é privilégio de partido A, B ou C. Os que são próximos sabem que acredito ser a corrupção endêmica em nosso país, nascendo nas raízes históricas e infelizmente se desenvolvendo no âmago da população, de tal forma que já questionei o que vêm primeiro, um político corrupto ou um povo corrupto?
Sendo a corrupção endêmica e histórica (basta ler um pouco sobre como funcionavam as vendas de títulos no Império e o início dos grandes latifundios ainda no início da república), sempre defendi que a melhora neste cenário só irá acontecer com a reforma política, eleitoral e tributária, já que as três são complementares para coibir um sistema como o atual que em si já incita a corrupção, não a justificando obviamente.
Por estas razões e por investigações de minha parte, sempre defendi que esta fama da corrupção do PT como as maiores da história foram fruto de uma mídia que obviamente queria lucrar com isso, lucro nas vendas e lucro para restabelecer um determinado grupo político. Com poucos cliques no google é possível verificar escândalos muito piores, que sequer citados pela grande mídia foram, porém a população de forma geral não se atém a estes "detalhes". Isso não significa que o PT esteja imune ou seja santo quando o assunto se trata de corrupção, ele não o é, assim como não é nenhum outro partido.
Sendo assim, realizei a minha opção nestas eleições por um partido e por uma politica de governo que mais se assemelha às minhas convicções, que realizou a distribuição de renda por meio do Bolsa família mesmo quando os demais partidos de oposição eram contrários (hoje já não são), pelo partido que optou por investir na qualificação universitária de jovens pobres e assim criou a oportunidade de milhões mudarem de vida, de um partido que olhou o nordeste com outra perspectiva, trabalhando para levar um pouco mais de dignidade para um povo históricamente "excluído" por governos anteriores, enfim, de um partido que colocou as políticas sociais em um patamar até então não experimentado neste país. Isso não significa que por ter feito esta opção eu concorde com todas as atitudes do governo, não concordo com todas as atitudes de amigos próximos, como seria possível imaginar um governo que sempre agisse da forma que eu penso? A única forma disto ocorrer seria ser eu lá na cadeira da presidência e mesmo assim é possivel que eu discordasse de mim mesmo.
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